sexta-feira, 23 de abril de 2010

BULLYING

BULLYING É TEMA DE VIDEOCONFERÊNCIA PROMOVIDA PELA SECRETARIA DA EDUCAÇÃO NESTA SEXTA


O evento deve reunir pelo menos 400 profissionais da rede estadual e visa fornecer orientações para prevenir e reduzir a violência nas escolas
Nesta sexta-feira (23/04), a Secretaria de Estado da Educação promove uma videoconferência sobre prevenção ao bullying para dirigentes de ensino, diretores de escola, professores-coordenadores de oficinas pedagógicas e supervisores de ensino de toda a rede estadual. A estimativa é que ao menos 400 pessoas participem.
O secretário de Estado da Educação, Paulo Renato Souza, abre o evento, que será realizado das 14h às 17h. “Prevenir e combater o bullying é essencial em toda a sociedade, especialmente nas escolas, já que as crianças são as principais vítimas e também autores deste tipo de agressão. Esta videoconferência está em sintonia com vários programas implantados pela Secretaria de Estado da Educação para reduzir a violência e melhorar a convivência escolar”, afirma o secretário, referindo-se a programas como Escola da Família, Sistema de Proteção Escolar, Prevenção Também se Ensina e Comunidade Presente.
Entre os videoconferencistas estão ainda Maria Helena Berlinck Martins, coordenadora do programa Escola da Família, Ana Maria Stuginski, coordenadora-executiva do Escola da Família, Edison de Almeida, chefe do departamento de educação preventiva da FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação), Beatriz Graeff, supervisora do Sistema de Proteção Escolar da Secretaria de Estado da Educação e Cléo Fante, pesquisadora especialista em bullying.
Cléo explicará o que é bullying, como identificar autores e vítimas do problema, quais podem ser as consequências das agressões físicas ou verbais e, especialmente, como enfrentar a questão.
“O bullying é algo grave, especialmente no Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano, que precisa ser trabalhado e superado em sala de aula. O objetivo dessa videoconferência é orientar como os profissionais da rede estadual devem combater a violência nas escolas”, afirma Maria Helena Berlinck Martins, coordenadora do Escola da Família.
Além de dicas teóricas, o caso da Escola Estadual Professora Maria Ignes Araújo Paula Santos, localizada na cidade de Piedade, será usado como exemplo de êxito no enfrentamento ao bullying. Desde o início do ano passado, a escola, que tem 700 alunos do 6º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio, desenvolve o projeto “Eu respeito, tu respeitas, nós respeitamos”, que visa melhorar a convivência e o respeito entre os estudantes e, consequentemente, aprimorar a aprendizagem deles.
A ação, que hoje é estendida a toda escola, teve início com 66 alunos da recuperação paralela. “Observei que eram crianças e adolescentes com o mesmo perfil. Eles faltavam às aulas e também à recuperação porque eram discriminados pelos colegas por questões raciais, sexuais e estéticas. Estes estudantes ficavam isolados durante o recreio e não participavam de atividades em grupo, como as aulas de educação física. Por meio do projeto, eles conseguiram expressar os problemas que sofriam e começaram a se posicionar de maneira crítica, tornaram-se fortes e hoje não aceitam mais agressões dos colegas, que estão aprendendo a respeitá-los”, conta Sônia Bianchini Góes Paslar, vice-diretora da unidade e idealizadora do projeto.
Como parte do projeto, em fevereiro a unidade deu início à Gincana da Cidadania. Contam pontos para a gincana, cuja premiação será realizada no fim do semestre, atitudes como número de faltas, ocorrências de brigas e xingamentos, uso de uniformes, cuidado dos alunos com a sala de aula e toda a escola e rendimento escolar. Quanto menor o número de agressões entre os estudantes, por exemplo, maior a pontuação da classe. Levarão os troféus as salas com as três melhores colocações.
Com o intuito de aprimorar a interatividade entre os alunos e a alfabetização tecnológica de crianças e jovens, a escola também colocou no ar neste mês o blog www.escolamariaignes.blogspot.com. “Estamos contentes com os resultados. O número de ocorrências de agressões entre os alunos diminuiu e os estudantes que antes eram hostilizados hoje sabem se posicionar e não fogem mais da escola. Queremos que todos tenham voz e respeito uns pelos outros”, diz Sônia.

São Paulo, 23 de abril de 2010
Secretaria de Estado da Educação
Assessoria de Imprensa
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